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Professor do CIEP 459, pastor Vanderlei é acusado de assediar sexualmente aluna da unidade de ensino; prefeitura abafa o caso

Um pastor da Igreja Batista de Casimiro de Abreu, que trabalha no Centro Integrado de Educação Pública (CIEP) 459, está sendo acusado de abusar sexualmente de uma aluna da unidade de ensino. O caso foi parar na delegacia e a prefeitura está sendo acusada de tentar abafar a situação.

O caso veio à tona quando o pai de uma das alunas, de apenas onze anos, decidiu tomar medidas drásticas após a filha relatar suposta abordagem inapropriada por parte do professor. Segundo o boletim de ocorrência, registrado na 121ª Delegacia de Polícia (121ª DP), Vanderlei teria feito comentários sobre a aparência da menina, questionando se ela era virgem e se já havia menstruado.

No dia 8 de abril, o pai da criança foi até o CIEP para confrontar Vanderlei, chegando inclusive a ameaçá-lo de morte. A Polícia Militar foi acionada e os envolvidos foram encaminhados para a delegacia.

Segundo o pai, a filha teria lhe confidenciado que o professor Vanderlei Nunes Gomes a assediou, tecendo comentários inadequados sobre aparência e perguntando sobre a vida pessoal.

De acordo com o boletim de ocorrência, o caso aconteceu após a menina contar o pai que o professor a elogiou por seus peitos, e a questionou se ela já havia menstruado e se era virgem. Ao tomar conhecimento do fato, o pai se dirigiu à escola para conversar com o professor.

Ainda segundo a ocorrência, na unidade de ensino, o professor teria escutado o pai da vítima o chamar de pedófilo e que também teria sido ameaçado de morte.

Professor nega acusações

O pastor e professor Vanderlei Nunes Gomes, prestou depoimento na delegacia de Casimiro de Abreu e negou todas as acusações. Segundo Vanderlei, ele nunca teria feito comentários inadequados sobre a aparência da aluna ou perguntado sobre sua vida pessoal.

O professor afirma que a aluna foi encaminhada para orientação educacional devido a problemas de disciplina em sala de aula. Na ocasião, ele teria percebido dificuldades de escrita da menina e pedido que ela escrevesse uma frase. Ao notar erros na escrita, Vanderlei disse que chamaria os responsáveis da aluna. Ele nega ter feito qualquer comentário sobre a beleza da menina ou virgindade.

No dia seguinte, Vanderlei deu aula para a turma da vítima e chamou a atenção da menina por comportamento indisciplinado. Ele afirma que ela não apresentou o trabalho solicitado e acredita que a aluna esteja inventando as acusações de assédio em represália por ter sido advertida.

Vanderlei afirmou que trabalha como professor há 32 anos na rede municipal de ensino de Casimiro de Abreu e nunca recebeu qualquer acusação similar. Ele diz que sempre atende alunos com atenção e jamais faria algo que pudesse prejudicá-los.

O que diz o pai da vítima

Em depoimento na 121ª DP, O pai da vítima, relatou que a filha chegou em casa chorando e disse que precisava conversar com ele. A menina contou que o professor havia questionado sobre a virgindade e menstruação dela, além de elogiar a beleza.

Ainda conforme o relato do pai, ela disse que não havia contado sobre o ocorrido antes por medo da reação dele e do professor, mas que havia sido incentivada por amigas a falar sobre o caso.

No dia seguinte, o pai foi à escola e conversou com a diretoria e o professor, que negou as acusações. A diretora, após ouvir o relato da aluna, encaminhou o caso à delegacia. E o pai, nervoso com a situação, disse que queria agredir o professor, mas não o fez.

Funcionária da escola também prestou depoimento

As divergências de versões se estendem a testemunhas, como uma inspetora da escola que alegou ter sentido desconforto com os comportamentos de Vanderlei.

À polícia, a funcionária contou que toda vez que fala com Vanderlei, “percebe que ele fica olhando mais para os peitos” dela, do que para o rosto, e que já contou sobre o caso para a família. Ela relembra também que o professor já a presenteou com um bombom e a abraçou, e que ficou muito incomodada com esta atitude.

Ainda segundo a mulher, um dia em que ela estava em frente a sala dos inspetores, viu Vanderlei pegar uma aluna, de 11 anos, “por trás, abaixo da cintura e encostou nela, não de uma forma agressiva mas tipo um abraço”, e que o fato também a incomodou muito.

A ocorrência segue sob investigação na 121ª Delegacia de Polícia (121ª DP). Até o momento, a prefeitura não se pronunciou sobre o assunto.

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