Federação destaca necessidade de equilíbrio fiscal e redução de juros para garantir trajetória sustentável de crescimento

A economia brasileira registrou expansão de 0,4% no segundo trimestre de 2025, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O avanço foi puxado principalmente pelo setor de Serviços (+0,6%) e pela Indústria (+0,5%), com destaque para a indústria extrativa, que cresceu 5,4%.

Apesar do resultado positivo, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) destacou que o desempenho evidencia desafios estruturais ainda não solucionados. Segmentos mais sensíveis ao crédito, como a indústria de transformação (-0,5%) e a construção (-0,2%), recuaram sob impacto da elevada taxa de juros.

A entidade também chama atenção para a taxa de investimento, que representou 17% do PIB brasileiro, bem abaixo da média de países emergentes (32%). Além disso, o ambiente externo adverso amplia as incertezas e dificulta decisões de investimento no país.

Segundo a Firjan, é urgente a adoção de uma política fiscal que permita a redução sustentável dos juros, estimule investimentos e coloque a economia em uma trajetória duradoura de crescimento. “O caminho para o equilíbrio fiscal é longo, mas o primeiro passo é o cumprimento efetivo da meta fiscal estabelecida”, destacou a federação.